Senin, 18 Februari 2013

As placas tectônicas











Em 1915, o geólogo alemão Alfred Wegener (1880 - 1930) apresentou a hipótese de que no passado os continentes já estiveram todos unidos em um único supercontinente chamado Pangea (ou Pangéia). Wegener observou, por exemplo, que o perfil dos continentes da África e da América do Sul se "encaixava" e que muitas de suas formações geológicas eram idênticas.
Hoje, o movimento dos continentes - chamado deriva continental - é explicado pela teoria da tectônica de placas (ou tectônica global): a crosta do planeta é formada por várias placas de rochas sólidas, como se fosse um imenso quebra-cabeça, que se deslocam sobre uma camada de rochas derretidas. O movimento é muito lento: 1 a 10 centímetros por ano. Os continentes e também o leito dos oceanos fazem parte dessas placas. Há doze placas maiores e várias menores. Todas são chamadas placas tectônicas.
Quando duas placas continentais se chocam podem ocorrer erupções vulcânicas. O choque pode originar também cadeias de montanhas. Foi assim que surgiram as cadeias dos Andes, dos Alpes europeus e do Himalaia, por exemplo.
Pode acontecer também que duas placas em movimento se encostem e fiquem presas umas às outras. Em determinado momento, a força acumulada entre elas vence a resistência e provoca um deslizamento rápido: uma placa escorrega ao longo da outra, liberando a energia acumulada e formando ondas sísmicas, que se espalham pelas rochas e provocam os terremotos ou sismos.

Três tipos de limites de placas tectônicas são reconhecidos e definem três fundamentais tipos de deformação e atividade geológica:

Limites Divergentes 

Onde as placas tectônicas separam-se e movem-se em direções opostas, permitindo a formação de nova litosfera;
Limites divergentes formam-se quando duas placas afastam-se devido a convecção mantélica. No fundo do mar, o limite entre placas em separação é marcado por uma cordilheira oceânica que exibe vulcanismo basáltico ativo, terremotos superficiais e falhamentos normais provocados por forças tensionais criadas pela separação entre as duas placas. As Cordilheiras Meso-Atlântica e Meso-Pacífica são exemplos deste tipo de limite de placas no fundo mar.


 
Limites Convergentes

No qual as placas tectônicas convergem, colidem e uma mergulha por baixo da outra, promovendo o retorno da litosfera oceânica para o manto; 

Limites convergentes são zonas onde placas litosféricas colidem entre si. São áreas de processos geológicos complicados, incluindo atividade ígnea, metamorfismo, deformação crustal e construção de montanhas. Os processos específicos que são ativos ao longo de uma margem convergente depende do tipo de crosta envolvida na colisão das placas em convergência.
Há três maiores tipos de interação de placas convergentes: (1) convergência de duas placas oceânicas; (2) convergência de uma placa oceânica e uma placa continental; e (3) colisão de duas placas continentais.

Se ambas as placas contém crosta oceânica, uma é empurrada abaixo da margem da outra, formando um cinturão magmático marcado por uma cadeia de ilhas conhecido como arco de ilhas. Como exemplo deste tipo de limites de placas pode ser citado o arco de ilhas que formam as Filipinas e a Indonésia.

Se uma placa contém um continente, a crosta continental mais leve sempre resiste a subducção, forçando assim a placa oceânica a subduzir. A compressão pode deformar a margem continental e um cinturão de montanhas sobre a margem da placa continental é formado. As raízes profundas destas montanhas sofrem intenso metamorfismo e magmatismo. Os Andes sul-americano são um belíssimo exemplo deste tipo de colisão.

    


 
Se ambas as placas convergentes contém crosta continental, nenhuma delas irá subduzir para o manto. Ambas as massas continentais são comprimidas, e os continentes são unidos em um único bloco continental, com um cinturão montanhoso marcando a linha da sutura. Os Himalaias são o melhor exemplo deste tipo de orogênese colisional.



Uma placa mergulha por baixo da outra em um processo chamado de subducção. Uma zona de subducção é normalmente constituída por uma fossa oceânica (trench) profunda (com cerca de 100 Km de largura e profundidades em torno de 10 Km abaixo do nível do mar), uma região de frente do arco magmático (forearc), o arco magmático (magmatic arc) e uma bacia sedimentar de retro-arco (backarc basin). A placa subduzida é levada até a astenosfera, onde é aquecida e reabsorvida pelo manto.
O movimento da placa descendente gera uma zona estreita e inclinada com forte atividade sísmica que se estende por mais de 600 Km de profundidade, mas onde dois continentes colidem, amplos cinturões de terremotos superficiais podem ser formados.
Deformação crustal em zonas de subducção produz melanges (uma mistura de diversas rochas deformadas) na região de frente do arco e extensão e compressão no arco vulcânico e nas áreas atrás do arco. Colisão continental é sempre marcada por fortes compressões que provocam dobramentos e falhamentos de empurrão.
Magmas são produzidos nas margens de placas convergentes por causa que a desidratação (perda de água devido ao calor) da crosta oceânica que está sendo subduzida provoca fusão parcial do manto localizado acima da zona de subducção. Esse magma torna-se relativamente silicoso e com baixa densidade, adicionando a crosta continental grande parte do material "granítico" que a compõe. O magma pode erupcionar violentamente em vulcões ou resfriar abaixo da superfície em intrusões graníticas. Em zonas de colisões continentais, magma é menos volumoso, dominantemente granítico, e provavelmente derivado da fusão parcial da crosta continental previamente formada.
Metamorfismo em zonas de subducção produzem fácies de baixa temperatura-alta pressão próximo a fossa e região de frente do arco, e fácies de alta temperatura-baixa pressão no arco magmático.  



Limites Transformantes 

Onde as placas tectônicas deslizam lateralmente uma em relação as outras, aproximadamente a altos ângulos em relação aos limites divergentes.
Limites transformantes são zonas deformacionais onde as placas deslizam uma em relação as outras sem divergência ou convergência, e portanto, sem criação ou destruição da litosfera. Estes limites ocorrem ao longo de um tipo especial de falha tectônica (uma falha é definida como uma superfície ao longo da qual uma rocha sofre ruptura e deslocamento), a falha transformante, que é simplesmente uma falha transcorrente entre as placas (isto é, o movimento ocorre horizontalmente em um plano paralelo a falha).
O termo transformante é utilizado por causa que o tipo de movimento entre as placas pode ser modificado no final da parte ativa da falha. Por exemplo, o movimento divergente entre as placas em uma cordilheira oceânica pode ser modificado ao longo da falha transformante para um movimento convergente entre as placas em uma zona de subducção. Falhas transformantes podem unir cordilheiras com cordilheiras, cordilheiras com fossas oceânicas, e fossas oceânicas com fossas oceânicas.
Durante o movimento da falha, a crosta é fraturada e quebrada. Este fraturamento produz terremotos superficiais que são característicos dos limites de placa transformantes. Entretanto, atividade vulcânica normalmente não é abundante nesses locais da crosta. Metamorfismo em zonas de falhas transformantes cria rochas com fábricas metamórficas fortemente orientadas e deformadas.
O exemplo mais conhecido deste tipo de limite de placas é falha de San Andreas na Califórnia, E.U.A.


 





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